Hoje é o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, data que marca também o início da campanha dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. Essa campanha acontece há muitos anos no mundo inteiro e tem como objetivo chamar a atenção para as diversas situações de violência que as mulheres enfrentam ao longo de sua vida, em diferentes lugares do planeta. Sua data de encerramento é em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Nós, da Parto do Princípio, aderimos a essa campanha: violência contra as mulheres é uma violação dos direitos humanos, uma questão de gênero, além de representar um grave problema de saúde pública.
No Brasil, mais de dez mulheres são assassinadas todos os dias e, entre essas, de três a quatro perdem a vida pelo simples fato de serem mulheres, em crimes que chamamos de "feminicídios" (dados referentes a 2019 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020). Esses assassinatos de mulheres geralmente são praticados por pessoas conhecidas das vítimas. Estas por vezes chegam a denunciar ameaças e outras agressões, sem contudo serem ouvidas.
Outras mortes silenciosas – e silenciadas – são aquelas ligadas à gestação, ao parto, ao aborto e ao pós-parto, que também chamamos de mortes maternas. De acordo com dados oficiais, diariamente de quatro a cinco mulheres morrem por essas causas no país (dados referentes a 2018 da Secretaria de Vigilância em Saúde) e na pandemia de Covid-19 esse número aumentou espantosamente, principalmente entre mulheres negras.
As mortes constituem apenas a parte visível e extrema das diversas formas de violência a que as mulheres são submetidas ao longo de sua vida. A lista é longa e, como denunciamos em 2012 à CPMI da violência contra a mulher, violência obstétrica é também uma forma de violência contra a mulher.
Queremos o fim de todas as formas de violência contra a mulher!
Todas as mulheres têm o direito a uma vida sem violência!
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