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Queremos escolher a via de parto







Nesses 16 dias, a gente não poderia deixar de falar da falsa escolha sobre a via de parto.


Quando dizem que as mulheres querem e pedem cesárea, esquecem de dizer que o nosso maior medo é da atual assistência obstétrica precária, inadequada e violenta.


Mulheres que planejam uma cesárea geralmente escolhem um profissional durante a gestação para "não cair na mão de qualquer um".

Estamos escolhendo a cesárea? Ou estamos com medo de sofrer violência obstétrica, medo de sofrer negligências, sequelas e mortes?


E se a mulher quiser se planejar para um parto normal?


Nos poucos serviços de atenção obstétrica que oferecem assistência qualificada, alinhada com as evidências científicas e adequada às normativas vigentes, é possível ter um parto normal ou ser encaminhada para uma cesariana se for necessária.


Mas e nos outros hospitais e maternidades?


Em muitos hospitais nem há a opção de ter parto normal. Não há plantão obstétrico, não há quartos para trabalho de parto e os leitos obstétricos têm o uso otimizado por cesáreas agendadas.

(É preciso dizer também que nesses lugares não têm estrutura para atender alguma urgência em tempo adequado).


Mulheres que preferem parto normal, que se prepararam para isso e apresentam boa saúde, ainda precisam ter a sorte de não sofrer uma falsa indicação de cesárea. Associações médicas alegam que isso acontece devido à comodidade do agendamento da cesariana, a remuneração baixa do parto normal e a vulnerabilidade da mulher que cria um vínculo de confiança com o médico que faz o pré-natal. Cesáreas indesejadas e desnecessárias por conveniência do médico.


Por que ainda não temos garantias de proteção das vidas de mulheres e de seus bebês?


Em que contexto mulheres escolhem parto normal?

Em que contexto mulheres escolhem cesárea?

Existe escolha quando não há opção?


Por que ainda não temos garantias de que todas as mulheres grávidas possam ter acesso a uma assistência obstétrica como mínimo de qualidade e segurança?


Chega de parto violento para vender cesárea!
































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